Desculpem todos os homens estudantes, espíritos poetas, almas delicadas. A falsidade do meu génio e das minhas palavras. E é daí a lição que eu canto, cada vida um espanto que é do bela graça, mas eu só ambiciono arte de plantar batatas.
-Desculpem lá qualquer coisinha mas não está cá quem canta o fado. Se era pra ouvir a Deolinda, entraram no sítio errado. Nós estamos numa casa ali ao lado. Andamos todos uma casa ao nosso lado.
Bem sei que há trolhas escritores, de trato estucadores e serventes poetas; e poetas que são verdadeiros pedreiros das letras. E canta em arte genuína o pescador humilde, a varina modesta; e tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.
[Refrão]
Por não fazer o que mais gosto eu canto com desgosto, farto de aqui estar; e algures sei que alguém mal disposto ocupa o meu lugar. Ninguém está bem com o que tem... é sempre o que vem que nos vai valer; porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser.
[Refrão]
E é a mudar que vos proponho! Não é um posso medonho em negras utopias; é tão simples como mudarem de posto na telefonia. Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!