Vamos lá contar as armas tu e eu, de braço dado nesta estrada meio deserta não sabemos quanto tempo as tréguas vão durar...
há vitórias e derrotas apontadas em silêncio
no diário imaginário onde empilhamos as razões para lutar!
Repreendo os meus fantasmas ao virar de cada esquina
por espantarem a inocência quantas vezes te odiei com medo de te amar...
vejo o fundo da garrafa acendo mais outro cigarro tudo serve de cinzeiro quando os deuses brincam é para magoar!
Vamos enganar o tempo saltar para o primeiro combóio que arrancar da mais próxima estação! Para quê fazer projectos quando sai tudo ao contrário? Pode ser que, por milagre, troquemos as voltas aos deuses
Entre o caos e o conflito a vontade e a desordem não podemos ver ao longe e corremos sempre o risco de ir longe demais
somos meros transeuntes no passeio dos prodígios somos só sobreviventes com carimbos falsos nas credenciais Vamos enganar o tempo...