Olha essa nuvem que tu já conheces Ela é negra e carrega de novo na tua cabeça Ameaçando o desfecho feliz Que tu tinhas já alinhavado para a tua peça Porque será que ela teima em voltar Sempre que as coisas parecem ir bem? Se ao menos fosse possível saber De que paragens é que ela vem...
Olha essa conta que batia certa E onde agora há uma parte que já não parece caber Como a imagem que tu adoravas Ao sol, na cozinha ou na cama - Onde é que a vais esconder? Porque será que ela teima em falhar Quando afinal tudo podia ir bem? Se ao menos fosse possível saber De que paragens o erro vem...
(O doutor vai dar conta do sintoma talvez tenhas que ficar alguns dias de cama há-de-se arranjar maneira de te equilibrar a tensão mas quem é que vai conseguir chegar à origem do drama?)
Vê a ambição e o lucro acenando Do alto da estátua orgulhosa por ser de granito Vê o instinto de posse alastrando Como a espuma da onda que afoga o náufrago aflito Será que existe algum bom movimento Neste momento em que nada vai bem? Se ao menos fosse possível saber De que paragens a culpa vem...
(O doutor vai dar conta do sintoma talvez tenhas que ficar alguns dias de cama há-de-se arranjar maneira de te equilibrar a tensão mas quem é que vai conseguir chegar à origem do drama?)
Há cansaço no ar, amargura no chão Há tristeza nas torres de gente Há dureza nos olhos, nos rostos, nos punhos Da multidão desconfiada E isso não ajuda nada... Não ajuda mesmo nada... E isso não ajuda nada... Não ajuda mesmo nada... E isso não ajuda nada...