O mal que habita em mim. Preso em sua jaula de fumaça Fazendo sempre crer que é boa praça A alma inchada de desejos e trapaças Lhe beija a fronte e ergue a taça Deus perdoe o mal que habita em mim O mal que habita em mim. É como um franco atirador Atento, ouvindo o rufo do tambor À espera de alguém ou algo de valor Com suas balas recheadas de amargor Deus perdoe o mal que habita em mim Nas vezes em que ele quer me confundir Sorri, e pede licença pra sair Parece que finalmente vai sumir Mas é quando mais devo me prevenir Deste mal que habita em mim O mal que habita em mim. Coitado, tem andado a delirar Ele quer tantas fêmeas conquistar Fica sempre circulando Pois quer muitas delas ofuscar Pra todas, poder enfim desapontar Deus perdoe o mal que habita em mim O mal que habita em mim. Percebe muito bem como é ruim Ser dia e noite um estopim Que assim aceso vai buscar o próprio fim Pra uma vez morto, viver como James Dean Deus perdoe o mal que habita em mim Nas vezes em que ele quer me confundir Sorri, e pede licença pra sair Parece que finalmente vai sumir Mas é quando mais devo me prevenir Deste mal que habita em mim O mal que habita em mim. Sabe de coisas que não sei De drogas que não experimentei Vivendo sempre como um fora- da- lei Em trevas que eu nunca penetrei Deus perdoe o mal que habita em mim O mal que habita em mim. Disse que está de saco cheio Disse que anda com um pouco de receio Disse que vai se regenerar Eu não creio É como um trem pro inferno Não tem freio Deus perdoe o mal que habita em mim.