Parado e atento à raiva do silêncio de um relógio partido e gasto pelo tempo estava um velho sentado no banco de um jardim a recordar fragmentos do passado
na telefonia tocava uma velha canção e um jovem cantor falava da solidão que sabes tu do canto de estar só assim só e abandonado como o velho do jardim?
o olhar triste e cansado procurando alguém e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver a imagem da solidão que irão viver quando forem como tu um velho sentado num jardim
passam os dias e sentes que és um perdedor já não consegues saber o que tem ou não valor o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim pra dares lugar a outro no teu banco do jardim
o olhar triste e cansado procurando alguém e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver a imagem da solidão que irão viver quando forem como tu um resto de tudo o que existiu quando forem como tu um velho sentado num jardim