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Lyrics:
[Intro] Um crioulo revoltado com uma arma Um crioulo revoltado com uma arma Um crioulo revoltado com uma arma Um crioulo revoltado com uma arma
[Verso 1] Ele tinha que segurar o barraco Sua situação lhe deixava desesperado Sua cor era a barreira pra poder trabalhar Fez um monte de inscrição mandaram esperar Tava devendo muita gente precisava de grana Se inscreveu numa grande empresa mandaram esperar um telegrama Antigamente a gente exigia um bom salário Hoje em dia a gente briga por um trabalho Na sua cabeça não tinha vez para violência Pedia emprego e exigiam boa aparência Não era respeitado, era discriminado A opressão era tanta que acabou ficando complexado Seu filho em casa, barriga vazia Eu tinha certeza que não era aquilo que ele queria Aceitavam preto como faxineiro Há um tempo atrás agora nem pra isso eles servem mais A sociedade fechou as portas para um cidadão Que ficou revoltado com uma opção E essa opção morava ao lado Entrou pra vida do crime querendo ser respeitado Ficou de frente na favela controlando tudo O seu negócio era o presente não ligava pro futuro Todo mundo tremia quando ele passava A fofoqueira da favela perguntava
[Refrão] Quem é o cara? Quem é o cara? Um crioulo revoltado com uma arma! (x4)
[Verso 2] Cidade de Deus Cidade de da de da da de de da de deus Foi onde ele se consagrou, organização no lugar ele também botou Pro uma caxanga mais responsa sua família também mudou Seu filho agora estava sendo bem alimentando Mas ele sabia que não podia viver mais sossegado Quando ele era ninguém ficava igual papel no chão Agora as vagabundas fica em cima porque ta de pistolão Na vida do crime ele aprendeu a ser impiedoso Frio, calculista, sangue bom maldoso Pegaram um otário agarrando uma garotinha Perdeu o pau e a mão e desfilou de calcinha Criminal, criminal, tarado na favela perde e mão e perde o pau Isso saiu no jornal com sua cara estampada A burguesia confusa perguntava
[Refrão] Quem é o cara? Quem é o cara? Um crioulo revoltado com uma arma! (x4)
[Verso 3] Um belo dia acordou com uma estranha sensação Saiu de casa segurando a pistola na mão O fogueteiro soltava os fogos de 12/1 É a polícia na sede querendo campear mais um A correria começou, ele entrou numa caxanga abandonada e se abaixou Um camarada foi preso inocentemente Não aguentou o coro e bateu com a língua nos dente A poucos minutos a casa estava cercada A metralhadora pronta para a gargalhada Armas e punhos para atirar Mais de 20 PMs cercando a casa para que será? Para matar, para matar Para matar, para matar Para matar, para matar Para matar, para matar, matar, matar, matar, matar, matar Se reagir ele morre ai ta tudo acabado Mais ele prefere morrer do que viver engaiolado O tiroteio começou bala pra todos os lados Como sempre acontece a corda arrebenta do lado mais fraco O tiroteio acabou sua mulher gritou Não aguentou ficar olhando e desmaiou Foi o fim de um cidadão que nunca teve nada Que encontrou a sociedade de porta fechada Seu filho muito triste ficou desorientado Ta sujeito a seguir o caminho errado Em seu pai a molecada toda se espelhava E se orgulhava em responder quem perguntava
[Refrão] Quem é o cara? Quem é o cara? Um crioulo revoltado com uma arma! (x4)
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