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Song:O gatilho
Album:Uma Luz Que Nunca Irá Se ApagarGenres:Rap
Year:2002 Length:398 sec

Lyrics:

[Intro]
É, mano, meu mano Deda sempre falou:
Quem não tiver um proceder, mano, vish... Tá fodido, haha
É, mas é o seguinte, mano, eu vou conseguir lutar
Pela periferia do Canão, Boqueirão, Ipiranga
É, mano
Oh, please! Vários manos, oh, please, oh, please, oh, please
Pode acreditar, oh, please!
E os loucos chegam assim

[Refrão]
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, te pode submeter
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, você só vai se submeter
Às exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rudes, ha, ladrão!
Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é
Cordial, temos que ser, prevalecer impune

Mas nunca mude!
E dando ouvidos fiz o que pude
É.... fiz o melhor que pude
Quem tá na nóia não dorme, vê lobisomem
Qualquer esquina delirante, hilariante
Mas pros manos que fazem o crime é, firme
Armas de grosso calibre, há quem revide a blitz
Que Deus me livre!
A fome a cada dia faz um ser pro crime
Ser pobre não é querer nascer humilde
Requinte, age na humilde mais que vinte
Periferia é o seguinte, realidade vive
Pode crer, daria um filme
Massacre, desossaram, protege de R-15

Os que apavora, apavorados serão na quebrada
Ser malandro num é marcação, jão, se joga
Aqui fora o mundo, a rua, as minas continua
Curtindo a maior lua, ráá...

[Refrão]
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, te pode submeter
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, você só vai se submeter
Às exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão!
Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é...
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Voando, saem os homens avoado
Descabelado, mesmo fartos de achar tumultuado
Acorda cedo, lava o rosto, disposto
Faço a prece, um tormento, um momento, o arrebento, ele é a febre
Reclama, cada vida mora lá na vila
Participa disposto a tudo
Rancoroso, se vai, ele trás muito
Ele é piolho, sem dar pipoco
No sapatinho inimigo tenebroso, bicho solto
Pra que todos não acha pouco
Se alguém aprende, ele é o oposto
A guerra lá na sul não terminou
Vejo o meu povo correndo assustado
Com salseiro, medo
Na quebrada, aberta a caça aos dedos de gesso
Pode crer, um terrível pesadelo
Carro frio, ganso, embalo
Menor descabelado, playboy de som no talo, talo

[Refrão]
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, te pode submeter
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, você só vai se submeter
Às exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão!
Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é...
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Na favela várias minas de [milikia?]
Falta de crença, vendeu sua TV, virou cantina
Criança perdida, é uma criança iludida
Ontem sonho em ter uma boneca, hoje quer ser a Tiazinha
Rá! Uma maneira de ser Feiticeira pra hipnotizar
Às vezes fixa, acredita em ser melhor modelo
Pode crer, hoje a Itália, a China
O itinerário do puteiro, descabelo
Cruel, quase nua
Não posso me iludir, muitas delas diz
Não andam de Bis, 7 galo sim, CBR 1100 cilindrada
A mesma loira que o Brown falou, colou na quebrada
De mini-blusa, minissaia, armadilha armada
Por baixo quase nada, causou revolta, gostosa, safada
Olha só quem deu risada, não digo nem pro itinerário
O pesadelo
Rá, eu falo sempre pelo contrário
Ré, não pelos otários
Mas para os caras fracos, ser o bicho é comer rápido
É, a vida vale mais que a curtição de sábado

[Refrão]
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, te pode submeter
Com paciência, você consegue vencer
Como consequência, você só vai se submeter
Às exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão!
Eu sei que a lei é rude, talvez me escute, é...
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Seja em tempos de bonança, ou em tempos de tempestade de verdade
Maurinho, Mauro Mateus, vulgo Sabotage, compadre
Sinto saudades reais
Das novidades, das risadas, das ideias avançadas
Que fizeram a cabeça de tanta gente ao longo desses anos
Continuam por aí, pairando no ar
Inspirando quem segue, quem inicia a saga, de começar a rimar
Pois é, compadre, vou te falar
O dono do mundo agora é preto, tá sabendo disso?
Se isso é sinal de mudança no mundo?
Porra, compadre, não sei mesmo, não sei
Eu sigo na minha lei, na minha premissa
Um olho no padre, e outro na missa
Mas sempre com paciência




 

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