[Verso 1] Escrevendo histórias Vivendo cada segundo Nomes do passado Que ainda percorrem o mundo Orgulhando envergonhando Muitas se sentem sobrando Sem estímulos na vida Algumas seguem se enganando
Sempre existirá aquelas que fazem a diferença Não pensam em recompensa Que tem caráter presença Sempre te ganham licença Chegam com classe decência Tem argumentos propensos Medem suas conseqüências
Milhares já muito mais querem sempre um pouco mais Enquanto outras milhares não sonham nem correm atrás Caem no comodismo qualquer coisinha já satisfaz Falta de realismo acredita que aqui ninguém faz No país rico de beleza misturado com pobreza Meninas se fantasiam negando suas naturezas Cobertas de incertezas com medo se sentem presas Escondem a esperteza sonhando com a realeza
[Refrão] A mocinha quer saber Por que ainda ninguém lhe quer Se é porque a pele é preta Ou se ainda não virou mulher Ela procura entender porque essa desilusão Pois quando alisa o seu cabelo não vê a solução
[Verso 2] As varias experiências de muita missão comprida Aparecem no rosto mostrando as décadas vividas Madame morre de medo realiza seu desejo Com dinheiro no bolso seu corpo já não é o mesmo
Se prepara, se compara Vai a jantares repara Nas dondocas desfilando suas cirurgias caras Ocultando suas raízes, inventado novas crises Esticando tudo que enruga e vivendo infeliz
Dona Maria levanta cedo de segunda a segunda Segue acostumada com uma rotina que nunca muda De joelhos olhos fechados pede pro santo uma ajuda Que ilumine a cabeça de sua filha caçula Que sai de saia justa, salto alto, mini blusa Se sentindo madura com vergonha da pele escura Se decepcionando com o reflexo do espelho E querendo o mesmo visual dourado da modelo
[Refrão] A mocinha quer saber Por que ainda ninguém lhe quer Se é porque a pele é preta Ou se ainda não virou mulher Ela procura entender Porque essa desilusão Pois quando alisa o seu cabelo não vê a solução