Nos supermercados da vida Se conhece o homem e seus preços Baratos ou caros Eles vendem suas almas Nessa podridão Poesia amorfa Pedra que eles não querem lapidar Nos supermercadso da vida Se conhece o homem e seus preços Pra eles tudo é pequeno Em suas mãos e cabeças Rolam cheques e moedas Numa farta mesquinharia Sua visão é embaçada Muito longe se aspira a felicidade Pois neles tudo é reles Prateleiras de mau caratismo Como corações congelados Num freezer enguiçado Como porcos na lama Passeando pelo lixo que são suas vidas Entre restos e restos Destroem o prazer de viver Nos supermercados da vida Se conhece o homem e seus preços Baratos ou caros Eles vendem suas almas