Cansado do movimento Que percorre a linha recta Fui ficando mais atento Ao voo da borboleta Fui subindo em espiral Declarando-me estafeta Entre o corpo do real E a veia do poeta
Ai de quem nunca guardou Um pouco da sua alma Numa folha secreta Ai de quem nunca guardou Um pouco da sua alma No fundo duma gaveta Ai de quem nunca injectou Um pouco da sua mágoa Na veia do poeta