Quem tem viola não carece de transporte Se for pra mor de ir se embora pros sertões Mundão afora ele desce de carona Do sonho sobre a lona O requinte faz canções Se por ventura lhe Oferece a boa sorte Um passaporte pro além dos rumos seus Vai sem demora Dorme hoje sob a ponte que Ao longe do horizonte Amanhã se prometeu Viola acha graça Se o dono se apaixona Mas assim que ele sara Ela estranha e se me doma Deitado agora em quarto de hotel Sem ter mais véu Pra lhe servir de cobertor Um vinho velho lhe conforta O calafrio e a canção Sei no feitio de um poeta fingidor Saudade é o diploma De quem tem boca e foi a Roma Tristeza é mula brava Corcoveia mas se doma