Viver essa longa avenida de gás neon Portas de ouro e prata Falsos sonhos nessas noites de verão Faces coloridas, farsas de alegria Beijo sem sabor Gestos clandestinos tontos e sedentos de amor Espinhos, rosas, risos, pranto e tanto desamor Corte, cicatrizes, gritos engasgados Lágrimas de dor Máscaras no rosto, continua a festa No sorriso o sal A orquestra geme as dores do palhaço Triste marginal Ai de quem mergulhar nesse mar de veneno Nessa lama enfeitada, nesse sangue das taças Temendo sofrer Ai de quem quer negar esse mar de veneno Mil vezes maldito na inconsciência Das vidas à margem há de ser