Saiu da cadeia sem um puto Sol na cara monstruoso Ele ? da alma 'trip' dos malucos Belo, mas nunca vaidoso
Um dia comparado a mil anos Saiu lendo o evangelho Vida e morte valem o mesmo tanto Evolu??o do novo para o velho
Puxava seus cabelos desgrenhados Vendo a vida assim fora da cela N?o quis ficar ali parado Aguardando a sentinela
A vida parecia reticente Sabia do futuro e do trabalho Lembrou de sua m?e j? falecida Verdade era seu princ?pio falho
Pensando com rugas no rosto Olhava a massa de cimento A sensa??o da massa fresca Transmitia ?s m?os o seu tormento
Trabalhava, ganhava quase nada Fazendo frio ou calor Dif?cil era quem aceitasse Um cara que j? matou...
Se olhou como um assassino No espelhinho da constru??o O que viu foi sua cara de menino Quando crian?a, com seu irm?o
Aonde anda seu irm?o? Em algum buraco pelo ch?o Ou frequenta alguma igreja Chamando a outros de irm?os...
S?bios n?o ensinam mais Refletiu sua sombra magra Com o pouco que raciocina Ele orava, ele orava Mas o Cristo de madeira N?o lhe dizia nada! Mas o Cristo de madeira N?o lhe dizia nada! Mas o Cristo, brincadeira! N?o lhe dizia nada...